sábado, 9 de maio de 2020

O mundo está doente.


O mundo realmente está doente. E não, não estou falando apenas da pandemia que assola o planeta neste momento.

O mundo está doente por que o amor está perdendo para o ódio.

Vejo todos os dias as pessoas se importando mais com o mercado, com o lucro, do que com as vidas que se perdem.
Vejo pessoas ignorando o trabalho de outras, que se dedicam as vezes durante toda a vida, para demonstrar o que funciona e o que não.

Mas por que as coisas são assim?

A alguns anos no passado, fui julgado, condenado e destroçado, com o coração trespassado por uma faca, que doeu muito e deixou uma marca indelével. E isso aconteceu por algo que hoje descobri que foi apenas uma frase mal colocada, e perversamente mal interpretada.
Na época não entendi por que fizeram isso comigo, não entendi por que um choro sincero, um sofrimento real, me foi causado sem que eu tivesse a chance de me defender, de me explicar, de demonstrar...
Se não houvessem pessoas à minha volta para me apoiar e muitas vezes simplesmente estar lá e me impedir de sair, certamente eu não estaria aqui escrevendo isso, e tudo que teria restado de mim neste momento, seriam ossos em um caixão, ou um pouco de poeira em um vaso de barro, sem direito até a ter os dançarinos do caixão tentando divertir um velório. Essa ferida ainda dói.

Mas hoje compreendo que tudo foi apenas um sintoma, que me atingiu e que me cobrou um erro, erro este que foi inocente. Mas por que um simples erro pode ser um sintoma? Sintoma de que?
Sintoma de um mundo doente. As pessoas deixaram a soberba, a ganância, o ódio e a intolerância dominarem a vida e suprimirem o amor. Criaram palavras como "desapego", "desamor", ou ditos como "eu sou mais eu", para tentar justificar o horror de jogarem pessoas fora sem motivo.
Isso é um sintoma do ódio crescente na sociedade humana.
Sintoma que se percebe no momento em que o comandante de uma nação pede para as pessoas ignorarem uma doença que pode matar um ente querido, em nome do "mercado", em nome do "grande mercado da fé", onde outras pessoas, que se dizem pastores de almas, também só vêem o lucro, a ganância de ser cada vez mais rico, para que se possa ostentar encima do próximo.
Essa ganância gera ainda mais ódio, mais desprezo, desprezo pelos que necessitam de coisas, coisas que muitos tem em excesso, desprezo por aqueles só precisam muitas vezes, de um abraço e um pouco de tempo da pessoa querida.
Se as pessoas ignoram a simples necessidade de abraçar alguém, imagine então parar tudo, fechar o mercado para que um mal maior não se expanda, para ajudar quem está sofrendo por uma doença física que se expande pelo planeta.

A falta de empatia e a soberba da humanidade deixou o planeta tão doente, que hoje ele é fisicamente doente. Esse vírus nada mais é do que outro sintoma. Ele não foi causado de forma intencional pelo ser humano, mas veio de nossos atos. Ao que tudo indica, este vírus veio do alto de picos que estavam congelados a milhares de anos e que agora descongelaram. Por que descongelaram? Por que o ser humano, em sua ganância e desprezo pelo próximo, aqueceu o planeta de forma descontrolada, causando um aquecimento global. Aquecimento este que agora mostra sua face. Para mascarar sua culpa, tais pessoas colocam a culpa por seus atos em outros, tentam jogar a responsabilidade no colo daqueles que muitas vezes, só tentaram fazer o bem e não foram compreendidos.

Pessoas estão morrendo por todas as partes, morrendo por que um dia alguém falou "eu sou mais eu e o outro que se exploda". Essa é a grande verdade escondida por trás dessa pandemia.
Os que fizeram isso, hoje (literalmente na data de hoje) devem estar comemorando, fazendo churrasco, chamando os "amigos" para um futebolzinho num palácio... Mas outros que causaram sintomas que levaram a isso, muitas vezes estão em casa, e apenas ignoram apelos pra dar um pouco de seu tempo para alguém que precisaria apenas de um abraço em silêncio.

Não seja parte da doença. Seja parte da cura.

Não ignore as necessidades dos outros, não ignore os sentimentos dos outros, não veja o planeta como uma lixeira, não olhe para o outro com olhar de julgamento. Você não sabe o que o outro passou.

Seja como um beija-flor, que voa e vai de flor em flor, polinizando enquanto se alimenta, fazendo uma troca que é benéfica a todos.
O beija-flor não olha se a flor é mais rica, mais pobre, se ela errou ou se ela acertou... Ele apenas vai lá, e beija.

Não deixe a doença da maldade matar o planeta e a vida que nele se encontra. Aprenda com o passado, mas aprenda a ser mais amável. Não seja alguém que arranca uma flor só para vê-la murchar, seja como a menina das flores, que só quer vê-las desabrochar.

(E quando eu achei que o passado não tinha mais recados a me dar, apareceu pra mim esta imagem... Imagem de uma menina pela qual me apaixonei aos 8 anos. Angel, a menina das flores. Era fantasia, mas poderia ser real. O amor transcende barreiras as vezes tão grandes quanto morte, tempo e espaço, mas não pode transcender o ódio se você não deixar.)

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