quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Poeminha, se aplica bem a mim...

Eu não tinha pais, eu adotei o céu e a terra como meus pais.
Eu não tinha casa, eu adotei estar consciente como minha casa.
Pra mim não existia vida e morte, eu adotei a respiração e a aspiração como vida e morte.
Eu não possuía meios, eu adotei a compreensão como meu meio.
Eu não possuía habilidades especiais, eu adotei a moral como minha habilidade especial.
Eu não possuía olhos, eu adotei ser rápido como a luz como meus olhos.
Eu não possuía ouvidos, eu adotei a sensibilidade como meu ouvido.
Eu não possuía membros, eu adotei agilidade como meus membros.
Eu não possuía estratégias, eu adotei não desvanecer de pensamento como minha estratégia.
Eu não possuía projetos, eu adotei prever oportunidades como meu projeto.
Eu não possuía princípios, eu adotei me adaptar às situações como meu princípio.
Eu não tinha amigos, eu adotei meu coração como amigo.
Eu não possuía talento, eu adotei o ser persistente como meu talento.
Eu não possuía inimigos, eu adotei a minha imprudência como minha inimiga.
Pra mim não existia milagre, eu adotei levar a vida corretamente como milagre.
Eu não possuía corpo, eu adotei a paciência como meu corpo.
Eu não possuía armadura, eu adotei a compaixão e a solidão como minha armadura.
Eu não era iluminado, eu adotei a determinação como minha iluminação.
Eu não possuía espada, eu adotei a ausência de ego como minha espada.

Poema sobre o bushido, escrito por um samurai do século XV, mas de origem desconhecida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os anos 2020 e a facilidade para fazer o que antigamente era complicado.

Durante os anos 80 e 90, se você quisesse desenvolver algum produto novo baseado em uma solução de software somado ao hardware, você precisa...